A rotina passiva enferruja e emperra nosso raciocínio.
Paralisa o cérebro e pode reduzir as velocidades reativa e criativa.
Já a rotina dinâmica é prazerosa, inquieta e questionadora.
A rotina que me acompanha traz consigo muitos kilômetros de surpresas, uma infinidade de mochilas repletas de aprendizados, um calçado robusto que me permite caminhar pelas diversidades da vida e um cajado onde posso me apoiar para conhecer e conviver com seres humanos jovens, maduros ou idosos, de variadas culturas, personalidade, formação e procedência que oscila de norte a sul, de leste a oeste, de alto a baixo, de calmo a ansioso, de ateu a religioso, de cético a acadêmico, com especificidades intermináveis para aqui enumerá-las – homens, mulheres e congêneres.
Apresenta múltiplos e repetitivos desafios – desde sempre – velhos conhecidos e como toda rotina dinâmica são previsivelmente imprevisíveis.
Uma rotina sempre diferente que enriquece e potencializa meu conhecimento humano, cultural e comportamental.
Pela forma como chegam, pelo jeito ou pelo brilho do olhar, pelo andar, pela postura, pelas perguntas, pelo silêncio ou pela verborragia e outras tantas leituras que estes quinze anos de contato ininterrupto me proporcionaram torna mais compreensível a leitura de como poderá ser o caminhar de cada um – do engenheiro ao gerente de banco, do advogado ao empresário, do dentista ao promotor, da dona de casa à executiva, da oftalmologista à professora, deficientes visuais, amputados portadores de próteses e assim por diante.
Após a entrega dos Passaportes e dos adereços que compõem o kit inscrição, repasso algumas orientações já transmitidas em nossa Palestra Orientativa – que considero muito importantes para a qualidade da jornada.
Olhar investigativo, anotações e diagramas milimetricamente esgaratujados, algumas representações gráficas, cabelos curtos e pouco falar.
Postura ereta, autocontrole, precisão de raciocínio e movimentos estudados indicavam que debaixo daquele boné verde oliva residia um experiente militar, cuja patente deveria pertencer a mais elevada hierarquia do Exército Brasileiro.
De fato, revelou que se aposentou como General de Brigada e sem esconder um elevado edifício de orgulho, nos contou que era neto de um Marechal – patente raríssima – somente concedida aos Generais de Exército em tempo de guerra.
Prosseguiu, com a ordem unida, dizendo ser discípulo confesso do chinês, filósofo e general estrategista Sun Tzu e faria o Caminho do Sol de acordo com uma de suas teses: “… o segredo de uma boa batalha é lutar e vencer fazendo o mínimo de força”.
Bom caminho General!
José Palma
Idealizador do Caminho do Sol
E-mail: palma@caminhodosol.org